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A vida, a luta e a música de Marcelo Fonseca, violinista mineiro em ascensão na cena instrumental brasileira

Artista premiado tem primeiro disco autoral relançado pela gravadora Kuarup, enquanto projeta dois EPs e próximo álbum

Marcelo Fonseca tocando violino em palco
Fonseca se apresentando no 11° Festival da Canção de Lagoa Santa, em 2023 | Foto: Divulgação

Nascido há pouco mais de 32 anos, em 19 de junho de 1992, na cidade de Belo Horizonte, MG, o multi-instrumentista Marcelo Fonseca exerce uma conexão diferenciada com a arte musical. Tendo o violino como instrumento principal, visto que o toca desde os quatro anos de idade, o músico defende a profissão, sobretudo, na região metropolitana da capital mineira, seja tocando nos palcos, acompanhado por outros irmãos e irmãs de som, ensinando música a seus alunos, compondo novas autorais, exercendo a função de produtor no próprio estúdio caseiro e/ou gravando melodias em faixas de outros artistas. Somadas aos prêmios no âmbito musical, ao relançamento do álbum de estreia pela gravadora Kuarup e à projeção de novos trabalhos, tais atuações fazem de Fonseca uma grande promessa da atual cena instrumental do Brasil.

 

Com muita luta, vontade e contribuição de pessoas próximas, o músico lança Subindo o São Francisco, seu primeiro disco de estúdio, em 2019, trazendo repertório instrumental e majoritariamente autoral, salve exceção de Riacho Seco, de Raymundo Sodré, que toca violão na faixa, Tupi Faz Tudo, de Leandro Floresta e Rodrigo Sestrem, este que colabora com flauta, e Chapada de São Marcos, que é assinada pelo pai de Marcelo, Murilo Fonseca, quem grava viola de 10 cordas e vocal, em parceria com Marcos Quinan. Envolto de ritmos nordestinos, jazz e mineiridade, Fonseca estreia de maneira requintada, apresentando ao mundo um disco construído a partir de estilo particular e versatilidade. Visando dar sequência a esse trabalho, o violinista projeta o álbum Sem Fronteiras, que será formado pelas faixas de três EPs, sendo que o primeiro desses já consta nas redes do artista, sob o nome de Violino Sem Fronteiras, e os outros dois estão em processo de planejamento.

 

A fim de realizar uma reportagem a respeito do artista, que atualmente reside em Lagoa Santa, MG, o Escutei nos Discos reúne relatos do próprio Fonseca e de outras pessoas importantes na vida pessoal e profissional dele, traçando uma linha do tempo que inclui os anos iniciais com a música, as influências, mudanças importantes, concepção do primeiro álbum em estúdio e projeção para o futuro.

 

Início e influências

Três músicos performando violino e violão, sentados no chão; ao fundo, uma mata.
Fonseca formou o grupo Himba ao lado de André Resende e Cassiano Luiz | Foto: Divulgação

Por volta dos cinco anos de idade, Marcelo Fonseca, filho de Tânia Aparecida e Murilo Fonseca, escutou o chiado explosivo do quarto elepê do Led Zeppelin, lançado em 1971, vinte e um anos antes de seu nascimento. Tal informação, entretanto, não importava para a criança, que só pensava o quão incrível era aquele som – tratava-se do primeiro brilho, da ligação com o poder da música, uma das primeiras influências. “Uma das primeiras”, pois antes veio o valimento do pai, violinista que o hipnotizava com notas musicais e quem lhe dera o primeiro violino no ano anterior. Porém, segundo Fonseca, os ensinamentos desse instrumento aos quatro anos pelo pai não foram o primeiro influxo, de fato, visto que o garoto se conectava com a música ainda na barriga da mãe. Pode-se dizer que a história do menino com a arte não tem um ponto de partida ou de término. “Eu não consigo achar um início. Já nasci em um contexto muito musical. Para mim, sempre foi muito natural ter música por perto. Meu pai, na época em que nasci, ouvia muita música e tocava muito, não só no trabalho, mas em casa também. Eram vários instrumentos: violino, viola caipira, violão, solfejo. Toda brincadeira tinha um ar musical lá em casa”, conta Marcelo, em entrevista ao Escutei nos Discos.

 

É justamente brincando que Fonseca inicia a história com o violino, assim diz o pai dele: “Eu comprei um violino para o Marcelo quando ele fez quatro anos. Ele era canhoto. Então, para que ele pudesse utilizar o arco com a mão esquerda, inverti as cordas e arranjei uma queixeira a qual ficasse do lado direito do instrumento. O violino acabou virando brinquedo, o único que ele não destruiu. Nessa época da infância dele, eu ensaiava bastante em casa. Ele sempre estava observando. Até o momento em que falei com a Tânia: ‘Bom, se ele realmente vai tocar violino, então vamos colocá-lo para estudar’”. Dessa forma, aos 11 anos Fonseca ingressa na Fundação de Educação Artística (FEA), instituição de ensino localizada em BH.

 

Murilo complementa, dizendo que era bastante rigoroso com o filho durante os ensinamentos de música: “Eu ficava bravo quando ele desafinava, porque violino desafinado é que nem briga de gato, é uma doideira para quem está ouvindo. Além de eu ser muito exigente, também não tinha a paciência que tenho hoje para ensinar”. Outra prática em parte advinda do pai é o ato de escutar música, principalmente artistas e bandas de rock, a exemplo de The Who, Pink Floyd, Queen, Gentle Giant, Elvis, Yes, Deep Purple, Kiss, AC/DC, Jimi Hendrix e Beatles. “Mostrei Beatles ao Marcelo e ele começou a tirar as músicas no violão. Muita coisa vinha dos músicos com quem eu tocava. O Jean-Luc Ponty, por exemplo, veio do Nivel, percussionista que tocava comigo no Pau a Pique, uma banda de forró que tínhamos. Então, quando eles viam algo com violino, já me aplicavam”, revela.

 

Indagado sobre os estilos, bandas e artistas que o moldaram, primeiramente Marcelo destaca o rock progressivo; nomes como Yes, Jethro Tull, Triumvirat e Supertramp fizeram a cabeça dele, mas um grupo era mais especial. “O Gentle Giant, até hoje, essa coisa dos arranjos deles. Hoje em dia, como arranjador, vejo muita coisa deles.  Me vejo fazendo saídas não parecidas, mas inspiradas neles. Você vê que tem alguma coisa naquele contexto ali. Minhas próprias músicas têm algumas partes, como todo o contexto do rock progressivo”, afirma. No que tange seu instrumento principal, o violinista cita alguns dos mestres que o acompanham em sua maneira de tocar, sendo o primeiro seu pai, depois os franceses Jean-Luc Ponty e Didier Lockwood, o norte-americano Mark O’Connor (ex-integrante da banda Dixie Dregs) e o inglês Ray Shulman, peça essencial do supracitado Gentle Giant.

 

Aproximadamente na época em que Fonseca completa doze anos, a música brasileira vem ao conhecimento dele, trazendo novas impressões e possibilidades àquele precoce cérebro. Assim, utilizando a paixão lhe dada pela natureza, a caminhada para ganhar a vida seguiu repleta de estudo, garra, trabalho, honestidade e, sobretudo, alma, conta Marcelo, que ainda diz nunca ter decidido viver de arte, mas sempre por e para ela. “Uma única vez pensei em não viver de música: Eu estava muito triste por estar fazendo umas [apresentações] de casamento. ‘Poxa. Será que vou viver só disso? Estou doido para ir aos palcos’. Eu tinha 15 anos na época”, relata. Tal desejo existia, pois o jovem músico já havia experimentado tocar em um grande teatro ao lado de Zé Teixeira, no Palácio das Artes, BH, sendo a primeira apresentação em palco do garoto.

 

Marcelo, então, segue com os estudos e ingressa no segmento de Música, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Entretanto, abandona o curso no 6° período ao perceber que seu estilo não cabe em uma fórmula, provavelmente lembrando-se do conselho do pai, que o disse, no momento inicial da carreira: “O violino não tem fronteira, não pertence ao clássico. Ele pertence à Música”. Fonseca também chega a fazer parte da Orquestra Sinfônica Jovem do Palácio das Artes e da Orquestra de Câmara Carlos Alberto Pinto Fonseca, além de lecionar nas escolas municipais Herculano Liberato e Alberto Santos Dumont, ambas localizadas em Lagoa Santa.

 

Virada de chave

Show noturno com diversos músicos em um palco e pessoas na plateia
Violinista divide o palco com Raymundo Sodré, no III Encontro de Contadores, ocorrido no Pelourinho, Salvador, em 2015 | Foto: Divulgação

Em 2013, por meio de amigos em comum, Marcelo conhece Fernanda Rodrigues, poeta, socióloga, dançarina e astróloga que voltara de um intercâmbio em Portugal. Logo houve interesse mútuo e, depois de seis meses desde a primeira vista, eles decidem namorar. O relacionamento, porém, teria data para acabar, visto que Fernanda desejava se mudar de Minas Gerais, ao contrário de Marcelo, o qual queria ficar em terras mineiras. A possível saudade, no entanto, faz Fonseca mudar de ideia, e o casal ruma para Salvador, Bahia, em um fusca branco de documentação irregular.

 

A mudança de estado não foi problema à vida profissional do violinista, que se viu aberto à cultura do Nordeste. “Na Bahia, o Marcelo teve várias oportunidades de emprego, de lançamento – a riqueza cultural de lá é muito grande –, e aí ele foi se encontrando nessa história. Ele foi encontrando uma forma de ficar lá, de fazer a história dele, de conhecer os estilos nordestinos”, analisa Fernanda. Fonseca também comenta sobre os novos estilos que passaram a integrar seu jeito de pensar música: “Com a carreira profissional acontecendo, me vi no contexto da música nordestina. Então, a gente começa a ver várias coisas: forró, xaxado, baião, xote, coco... Nossa Senhora”.

 

No ano subsequente, Marcelo vence o concurso Jovem Instrumentista BDMG 2014, em apresentação ocorrida no Auditório Paulo Camillo do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Ele entraria na seleção do Prêmio BDMG Instrumental em 2019, e voltaria à final da 23ª edição do mesmo prêmio, em maio de 2024, com as músicas autorais Chegada e Índia, além da canção Oriente, de Gilberto Gil, acompanhado da banda formada por Mariana Lambert (flauta transversal), Lucas de Moro (piano), Lucas Luis (guitarra), Paulo Fróis (bateria) e Ricardo Gomes (baixo).

 

Seguindo a ordem dos fatos, o ano de 2016 é decisivo para Fonseca, pois é nesse período que o músico se ilumina com a própria facilidade e gosto em criar arranjos, o que acaba por fazê-lo enxergar a possibilidade de gravar o próprio som. “Sempre fui compositor desde pequeno; sempre criei”, fato confirmado pelo pai, que se recorda do Rock da Mamadeira de Nescau, criado por Marcelo quando criança (com direito à entonação de vocalista de rock). Fonseca continua: “Meu lance não era só execução, também era criar. Então, nessa trajetória minha na Bahia acabei ficando mais aflorado com a criação”. Era questão de tempo até o nascimento do primeiro trabalho de estúdio; porém, se para Fonseca compor música era como respirar, o lançamento de um disco independente, no Brasil, tratava-se de uma luta diária.

 

Produção e lançamento

Marcelo Fonseca gravando violino em um estúdio; ele sorri para a foto.
Dificuldades, desafios e improvisos na construção do primeiro álbum não desanimam o músico | Foto: Divulgação

Subindo o São Francisco não é concebido de repente, mas em quatro anos. Desenrolando-se através de permutas com o estúdio Som das Águas, isto é, gravando para outros artistas e, assim, ganhando horas no estúdio, Marcelo lapida o próprio álbum por meio das novas influências nordestinas e da colaboração de amigos e pessoas próximas. Questionado sobre as peças imprescindíveis para a criação desse quebra-cabeça de notas, o compositor recorda que “foi um CD feito com vários músicos. Eu gigava com alguém, conhecia alguém novo, compunha uma música, fazia uma ideia e achava as peças as quais eu queria que tocassem no disco ou em uma faixa específica. Então, todos os músicos que estão no disco são fundamentais. Também, o Bráulio Tavares, um dos caras que fez a permuta comigo e só assim foi possível”.

 

Ainda sobre os desafios de se lançar um disco independente em terras brasileiras, Fernanda se recorda do processo de gravação e lançamento do álbum: “Era um sonho; um projeto que me vi determinada a contribuir. Foi um disco autoral, instrumental e que não teve incentivo, não teve verba. Então, foi uma dificuldade muito grande, um correr atrás muito grande. Em todos os sentidos: desde a gravação – não tinha um estúdio certo para gravar o disco, então ele fazia permuta, favores –; até a parte da produção – fizemos uma vaquinha para arrecadar o dinheiro –; e estas coisas de divulgação, de pagar fotografia, vídeo, de chegar lá e ver o processo idealizado não saindo do jeito que você esperava, de depender de outras pessoas, de ter que pedir ajuda. Tudo isso foi muito difícil”.

 

Para além das batalhas do dia a dia de um artista brasileiro, a companheira de Fonseca também rememora momentos dotados de positividade durante a construção de Subindo o São Francisco: “Uma coisa que me marcou muito foi o dia em que fomos tirar as fotos na Feira de São Joaquim, uma feira muito tradicional lá de Salvador. Estávamos bastante ansiosos e nervosos. O Marcelo chamou alguns músicos que tinham tocado com ele na gravação. Estava um dia lindo, foi um dia muito feliz. Produção artística, criação, ver como ficaram as fotos e tal. Todas essas coisas são muito tensas, mas depois que o trabalho foi feito, nos sentamos, comemos uma feijoada e celebramos a produção do disco”.

 

Finalizadas as gravações e tudo mais que envolve produção e burocracia, a estreia de Fonseca é lançada em outubro de 2019, nos formatos CD físico e digital. Alguns meses depois, no dia 12 de março de 2020, o musicista realiza o show de lançamento do álbum, em casa lotada na Varanda do Teatro Sesi, no bairro Rio Vermelho, Salvador. Vinha ao conhecimento do público, portanto, o produto de quatro anos de trabalho; cada nota se junta a outras para formar a grande obra sobre as andanças do violinista pelo Sudeste e Nordeste do Brasil, atando ritmos, influências, culturas, estilos e artistas diferentes.

 

Projetos

Show noturno com diversos músicos no palco, em show de Chico Lobo e banda.
Fonseca em apresentação com o violeiro Chico Lobo e banda, em 2023 | Foto: Divulgação

Após o lançamento de Subindo o São Francisco, Fonseca segue na busca constante por contatos com artistas e estilos divergentes, ampliando cada vez mais seu espaço na área musical. São alguns dos muitos musicistas com os quais Marcelo dividiu apresentações, gravações e outros projetos: Raymundo Sodré – quem o ensinou o samba do recôncavo –, Chico Lobo – participando de maneira fixa da banda do violeiro mineiro –, Xangai, Maviael Melo, Roberto Mendes, João de Ana – com quem dividiu o segundo lugar do XI Festival da Canção de Lagoa Santa –, Ricardo Gomes, Marcos Suzano, Felipe e Gabi Guedes, Gil da Mata – com quem, junto do pai, partilhou o terceiro lugar de uma das edições do Festival da Canção de Visconde do Rio Branco –, Lívia Itaborahy, Arnon Oliveira, Léo Pires, Ladston Nascimento, entre outras figuras.

 

Por meio da Lei Aldir Blanc, em 2022 o artista lança o primeiro EP, Violino Sem Fronteiras, com os singles Água de Coco, Chula Fusion e Meu Lugar. No dia 3 de agosto de 2023, Marcelo e o guitarrista Lucas Luis publicam Origens, projeto audiovisual integrante da Convocatória 2022 do Memorial Minas Gerais Vale que conta com as seguintes parcerias entre os dois músicos: Árido, Terra, Índia e Cotidiano Ou. Em 2024, com o relançamento de Subindo o São Francisco através da gravadora Kuarup, Fonseca vê holofotes mais potentes sobre seu álbum de estreia, quatro ano após o registro original. Assim como supracitado, o compositor projeta outros dois EPs, os quais se juntarão ao primeiro para formar o segundo disco, Sem Fronteiras.

 

Tal qual o título de seu próximo álbum sugere, Marcelo não enxerga barreiras que o impeçam de permanecer em seu voo através do mundo das notas musicais, seja para compor temas, encadear harmonias ou construir melodias. Perguntado a respeito do próprio legado a se marcar e sobre qual seria o papel da música no mundo, o belo-horizontino de raiz lagoa-santense e coração soteropolitano responde: “Acho que a música é o que nos faz continuar vivos. Nós passamos por um processo pandêmico agora e acredito que a única coisa que salvou o ser humano da loucura foi a música – não só a música, mas as artes no geral. O humano está sempre em um contexto musical, se pegarmos a história desde o início. Então, acho que [ela] tenha um papel essencial à vida. E o que pretendo deixar disso é muita música no mundo, gravar muitos outros discos, tocar com o máximo de pessoas, sacar diversas etnias”.

 

Fonseca se enxerga como um artista em constante mudança, que absorve o que está sendo criado no meio musical, ao passo que vive, estuda e trabalha com inúmeros artistas. “Acredito que isso nunca vai parar. Qual é o meu estilo musical? Quem sou musicalmente? Ainda acho tudo isso muito subjetivo na minha vida. Ainda terão muitos artistas que irão me mudar um pouquinho mais”, crê. Não bastando tal facilidade para se conectar com novas possibilidades, o compositor também é íntimo do fator inspiração nos momentos mais inusitados. “Eu tenho um lance com a vida que é muito engraçado: eu não paro para fazer música. Eu  lavando uma louça e vem uma melodia;  viajando a trabalho e, de repente, dentro do avião vem a melodia;  no hotel esperando a passagem de som e vem uma harmonia, uma ideia, um mote. Eu recebo um pouco as coisas”, afirma.

 

Equilibrando-se na linha tênue entre profissionalismo e fraternidade, Murilo Fonseca reflete a respeito do violinista que o filho se tornou: “Eu tento separar, mas quando a emoção vem, une uma coisa à outra. O Marcelo é um grande instrumentista, talvez melhor do que eu. O que eu batalhei em minha época foi mais difícil, pois tinha o lado contrário do pai, que achava ser músico uma grande cagada. Naquela época as artes eram sempre combatidas; ser músico era problema; éramos taxados de hippie pelo nosso estilo. Quando minha família implicava comigo, eu contrapunha, dizendo: ‘Vocês não se ajoelham na frente de uma imagem de um cabeludo? Como eu não posso ter cabelo grande?’ – minha vó ficava louca; virava um caos na família. Então, o Marcelo é um grande compositor. Eu não gostava de estudar a teoria, ao contrário dele, que tem formação erudita e um pai que espalhou o lado popular do violino. Me sinto lisonjeado de ter passado o instrumento para ele. Tenho muito orgulho. Como pai, sou suspeito, mas como instrumentista digo que ele é um senhor violinista. Sinceramente, ele é melhor do que eu”.



2 Comments


Philippe Lobo
Philippe Lobo
Jul 19, 2024

Beleza de história, beleza de matéria!

Parabéns Caio e Marcelo!

Saio dessa leitura mais motivado e inspirado.

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Caio Alves
Caio Alves
Jul 20, 2024
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Obrigado pelo apoio, Philippe! Abraço!

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Blog editado por Caio Alves, graduando em Jornalismo na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

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